terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sindgás estima que um entre cinco botijões de gás vendido no país é irregular

Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello, pelo menos um em cada cinco botijões de gás de uso doméstico vendidos no país é procedente do comércio ilegal. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (20), na criação do Comitê Nacional de Erradicação do Comércio Irregular de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

O mercado de GLP doméstico movimenta cerca de 33 milhões de botijões de 13 quilos por mês, representando um faturamento anual de R$ 15 bilhões, com um prejuízo estimado até R$ 840 milhões anuais por conta da informalidade. Existem no país 37 mil revendedores legais de gás, para 70 mil a 100 mil informais, o que dá uma proporção ao redor de uma revenda regular para cada duas irregulares, segundo Sergio Bandeira de Mello.

Além de desestruturar a cadeia de distribuição do gás, ainda há o risco de se perder o controle de qualidade sobre o produto, que pode chegar ao consumidor final abaixo do peso, misturado com água ou em botijões enferrujados e sem segurança, ressaltou o presidente do Sindigás.

Segundo ele, a melhor forma do consumidor se prevenir de comprar o botijão de gás irregular é conferir se o lacre, a etiqueta plástica com informações de segurança e o nome gravado têm a mesma marca. Também é importante verificar se o lacre está bem firme, sem indicação de que possa ter sido violado. Em caso de dúvidas, ele sugere a pessoa telefonar para o número 0800 970 0267, da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a fim de saber se o revendedor é autorizado.

A fiscalização dos pontos de revenda em todo o país é tarefa da ANP. Só este ano foram feitas mais de 2,8 mil autuações referentes ao GLP, com a multa para um revendedor ilegal estipulada em R$ 20 mil. O primeiro objetivo é esclarecer os comerciantes sobre as irregularidades, antes de puni-los.

O comitê criado nesta segunda-feira (20) visa à instituição de um programa de certificação para os revendedores, por meio da instituição de um selo específico que identifique os revendedores autorizados em todo o país.

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